segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Invarialmente (janeiro/2006)

brinquei no escuro esperando esbarrar no sol
esqueci, porém, de sorrir a inocência
fiz meu passado como quem aguarda o amanhã
e penso no amanhã como quem quer esquecer
cada passo dado é um retorno latente
cada verso é repensado para ver se acerto
as coisas não saem de mim por puro deixar
meu coração não é bonzinho, ele quer recompensa
é fácil esconder as feridas sob frieza
mas ela somente torna o corte mais fundo
sei-me aqui tentando não parecer tão miúda
perto do espaço grande onde se perdem as palavras
mais acho bonito do que realmente coloco pra fora
tento pisar o chão que enxergo
mas a altura é a minha ilusão de segredo
a conquista e a decepção constroem minha ironia
enquanto eu me faço de forte
e choro quando ninguém está olhando

Nenhum comentário: