domingo, 31 de maio de 2009

estágio e disciplina

Eu tenho um pequeno problema com disciplina. Aliás, "pequeno" é eufemismo. Tenho é um PUTA problema com disciplina. Até alguns meses atrás, pensava que o fato de me pagarem para fazer um trabalho bem feito era meu único ponto positivo em questão de disciplina. Eu gosto de ganhar dinheiro e, por isso, faria o que tivesse que fazer e me responsabilizaria de bom grado por uma série de tarefas. Dinheiro significa independência e, honestamente, é o símbolo do único tipo de independência que me falta conquistar.
Mas daí apareceu o tédio. O tédio de ficar sentada o tempo inteiro, escrevendo sobre coisas que, francamente, não me dizem respeito algum e pelas quais eu não tenho nenhum respeito. Sabe, eu sou uma vendida pr'o mercado de trabalho, pr'o sistema e o caralho, mas não consigo me vender com toda aquela pose se a prateleira não me agrada. Essa minha raiz idealista berra - é, de fato, uma anta quadrada... Faz o maior discurso amoral; fala que é pela grana até não poder mais, mas se perde se a caixa registradora tá enfurnada no lugar "errado".
Bom, enfim, o que aconteceu? Aconteceu que eu perdi o último viés de disciplina que me restava. O tédio me venceu e a crise econômica se encarregou do resto: minha empresa estava sofrendo uma série de cortes - estão regulando até o chocolate da máquina de café! - e eu fui cortada do meu departamento.
Comigo, trabalhava uma outra redatora. A mina é ninja. Responsável, eficientíssima, da área de publicidade e propaganda, fazia tudo direitinho. Eu também fazia direitinho, mas fazia cada vez menos, sabe? Sem vontade de porra nenhuma, a não ser socializar. O pessoal da empresa era muito batuta e eu ficava andando pela sala de meias - porque a gente podia ficar descalço - fofocando, discutindo vida amorosa, ideias úteis e inúteis. Quando eu digo que existe relação entre o fato de a sociedade industrial não valorizar o tempo de ócio e o aumento do preço do cigarro, estou coberta de razão (é um raciocínio simples - eu explico pra quem quiser, é só deixar recado). Nossas discussões eram bem mais produtivas do que a porra do serviço.
Retomando, minha produtividade atingiu um nível pífio. Eu não conseguia me domesticar a fim de parecer uma profissional comprometida, porque, de fato, eu não me sentia comprometida com nada ali, senão os papos. É verdade que o volume de trabalho andava meio capenga, mas é também verdade que eu poderia ter me aplicado bem mais, para, pelo menos, parecer tão competente quanto a mina ninja. Só que eu não tenho dessas cismas. Não sou de insistir com coisas que não me satisfazem, ainda que precise muito delas.
Eu vinha cuspindo no meu próprio prato. Não soube dar valor e creio que agora é o tempo d'eu ficar no meu canto, pastando, pra ver se aprendo alguma coisa. Preciso me disciplinar. Preciso recuperar as notas na faculdade, cuidar dessa pequena família surtada e encontrar um outro estágio - depressa. De preferência, algo que tire de mim uma vontade maior que essa vontade de porra nenhuma que eu tenho de vez em sempre.

sábado, 16 de maio de 2009

São Jorge, por favor, me empresta o dragão

pr'eu poder duelar com justeza. E, se não for pra afastar os inimigos, que seja pra me arrumar um outro, com escamas grossas e garras, no lugar de palavras afiadas.
Eu pedi a ela que ficasse um tempo, não todo tempo do mundo, mas só o suficiente pr'eu tirar dali mais do que costumo. Eu queria tirar os segredos, ideais, pensamentos aleatórios, bobagens, vícios, maldades e guardá-los todos numa caixa.
Mas ela não quis. Ao invés disso, quis ir embora; tentou segurar a minha mão e fingir que estava tudo bem. Eu, meio hipocondríaco, queria explicações... Senão explicações, ao menos sintomas que justificassem aquele desinteresse todo. Só que não havia nada, muito menos resposta.
Talvez fosse medo. Não tem doença maior que o medo. Só que, novamente, ela não tremia, nem parecia deprimir qualquer que fosse um último toque. Não há nada que apavore mais do que abraçar e não poder abraçar de novo. Será que ela não sabe disso? Ou não aprendeu? Eu ensino, eu ensinaria, mas me sentia num tal lugar comum que seria preciso um guindaste pra me tirar de lá.
Eu começava a desconfiar de toda aquela inércia, parecia de fato uma doença, ainda que assintomática. Ela continuava a conversar como se eu fosse um boneco de pano. Talvez fosse mesmo e eu só me arriscasse a suspeitar. Pensando bem, sempre achei minhas mãos pouco firmes. De vez em quando, chego mesmo a machucar com a força com que tenho de pegar para sentir as coisas passando por elas.
Sabe, eu não pedi muito. Pedir tempo às pessoas, hoje em dia, parece um pedido absurdo, mas eu só queria aprender coisas novas e ela me oprimiu com o vago. O esforço nem foi tão grande e eu me senti pequeno, porque, em algum minuto, me permiti acreditar que havia sentimentos reais ali. Ela não me soltava, mas também não preenchia espaço. E, convenhamos, quem é que quer mais um clipe de papel?
Comecei a pensar, então, que não havia fingimento não. E daí indaguei se hoje tá todo mundo assim tão protegido... Tão putamerda anestesiado... Afinal, ela não me sentia esvaindo, a mão soltando? Não me viu pedir? Eu juro que peço tão descaradamente... Quase como uma exigência.
Por isso, eu quero esse dragão. Pr'ele bater nela e fazê-la chorar! Ou então pra ser o dragão do horror imediato e ocupar o lugar dela de coisa que avassala e aflige aos pouquinhos, lentamente. Ela que eu não posso gritar, não posso insistir, porque é feio e eu não vou sobrepujar a liberdade de ninguém.
Mas é bem verdade que, talvez, não houvesse realmente nada e que eu tenha acreditado em alguma coisa, por força do muito desacreditar. Pensando bem, minha hipocondria deve ser falta de fé.

terça-feira, 12 de maio de 2009

O Bagulho Entrevista

Esses futuros jornalistas talentosos, viu? *-* E, claro, não podia faltar o Luís Mauro.
Acessem: http://obagulho.wordpress.com.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Twitter

Ok, vamos fingir que eu não postei as coisas que postei recentemente, nem que a minha vida está de pernas para o ar em todos os sentidos, e vamos falar de coisas interessantes. Como por exemplo o Twitter.
Estou completamente viciada. Ele facilita a minha vida. Tu quer saber das matérias dos sites de notícias, ou ficar mui bem suprida de reportagens sobre os Beatles e o Chuck Norris? Basta seguir os perfis certos! Até Marcelo Camelo tem Twitter! (Mas os tweets dele não são tão interessantes quanto as canções...)
E... e... bem. Vou ficar por lá. http://twitter.com/andrea_wk
o/

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Tem gente

... que não sabe ser homem.

Asifudê, viu? u.ú

sábado, 2 de maio de 2009

adooooooro

quando a minha vida sentimental fica uma merda da noite pr'o dia.
ah, mas que se foda. hoje eu vou pra virada me arrebentar.

-____-''