se tem uma coisa que eu detesto, não só em mim, como também na sucessão dos dias, são as oscilações. não sei se 'cês reparam, mas os dias também têm humores, e eles variam bastante. não tanto quanto o temperamento dos humanos, isso é verdade, mas há mesmo quebras abruptas.
não gosto dessa sensação de me sentir phoda por uma semana e perder a banca em questão de um dia. não gosto de dias particularmente feios que deixam todo mundo cabisbaixo.
tem pessoas por aí que me conhecem bem. e eu fico até com vergonha de dizer, mas a única coisa que me desenterra dessa fossa em que eu poderia, confortavelmente, me instalar com meu pesinho de tristeza, é pensar que, de alguma forma, sou sim um 'xuxu' de pessoa. o nome disso é auto-estima de resgate.
ela se baseia no fato de não haver coisas que eu seja que me causem ódio ou repudio. nem coisas que eu faça com a consciência de que estou machucando alguém, a não ser, claro, quando digo merdas da boca pra fora pra descontar algo que não consigo desenvolver. (ninguém é de ferro, né?)
ela também apela pr'o que tá relativamente exposto. sou bonita na medida do possível (e do arrumável), razoavelmente inteligente e não me importo de fazer o tipo silencioso. isso nunca me impediu de ter longas conversas. [começo mesmo a pensar que, ao invés da boca, quem tem ouvidos é que vai a Roma.] o que são mais adendos do que qualquer outra coisa, mas, e ninguém pode dizer que não, são detalhes significantes. as pessoas te identificam por essas características e não pelo fato de tu ser acertadamente insegura em relacionamentos, racionalmente desequilibrada, um tantinho mal resolvida e incompreensivelmente ansiosa - ansiosa de fazer tremer as estruturas do ap quando tu se põe a correr de um lado a outro, corroendo por dentro uma vontade de qualquer coisa que, novamente, não sabe desenvolver.
essa semana, meus dias quebraram e eu tô tendo que usar meu estoque de auto-estima resgaste pra não descambar de vez. tô me sentindo frustrada e, ao mesmo tempo, boa demais pr'o que recebo em troca; cheia de desapego e, ao mesmo tempo, amargando uma pequena queda que tô tendo por quem não devo; desinteressada e, ao mesmo tempo, interessadíssima em assuntos que não me dizem respeito, como uma faculdade de enfermagem; preocupada com Mamãe e, ao mesmo tempo, bem... preocupada com Mamãe.
eu não sou de ficar no meio-termo, entende? meu negócio é sempre 8-80. tá tudo oscilando, é impressionante.
a sensação que dá é a d'eu estar andando com um pé enfiado numa jaca e o outro não.
e é mesmo gozado a força que assumem a frustração, a quedinha, o interesse na grama do vizinho e a preocupação em contrapeso com aquilo que fazia de mim uma pessoa phoda até poucos dias atrás.
não gosto dessa sensação de me sentir phoda por uma semana e perder a banca em questão de um dia. não gosto de dias particularmente feios que deixam todo mundo cabisbaixo.
tem pessoas por aí que me conhecem bem. e eu fico até com vergonha de dizer, mas a única coisa que me desenterra dessa fossa em que eu poderia, confortavelmente, me instalar com meu pesinho de tristeza, é pensar que, de alguma forma, sou sim um 'xuxu' de pessoa. o nome disso é auto-estima de resgate.
ela se baseia no fato de não haver coisas que eu seja que me causem ódio ou repudio. nem coisas que eu faça com a consciência de que estou machucando alguém, a não ser, claro, quando digo merdas da boca pra fora pra descontar algo que não consigo desenvolver. (ninguém é de ferro, né?)
ela também apela pr'o que tá relativamente exposto. sou bonita na medida do possível (e do arrumável), razoavelmente inteligente e não me importo de fazer o tipo silencioso. isso nunca me impediu de ter longas conversas. [começo mesmo a pensar que, ao invés da boca, quem tem ouvidos é que vai a Roma.] o que são mais adendos do que qualquer outra coisa, mas, e ninguém pode dizer que não, são detalhes significantes. as pessoas te identificam por essas características e não pelo fato de tu ser acertadamente insegura em relacionamentos, racionalmente desequilibrada, um tantinho mal resolvida e incompreensivelmente ansiosa - ansiosa de fazer tremer as estruturas do ap quando tu se põe a correr de um lado a outro, corroendo por dentro uma vontade de qualquer coisa que, novamente, não sabe desenvolver.
essa semana, meus dias quebraram e eu tô tendo que usar meu estoque de auto-estima resgaste pra não descambar de vez. tô me sentindo frustrada e, ao mesmo tempo, boa demais pr'o que recebo em troca; cheia de desapego e, ao mesmo tempo, amargando uma pequena queda que tô tendo por quem não devo; desinteressada e, ao mesmo tempo, interessadíssima em assuntos que não me dizem respeito, como uma faculdade de enfermagem; preocupada com Mamãe e, ao mesmo tempo, bem... preocupada com Mamãe.
eu não sou de ficar no meio-termo, entende? meu negócio é sempre 8-80. tá tudo oscilando, é impressionante.
a sensação que dá é a d'eu estar andando com um pé enfiado numa jaca e o outro não.
e é mesmo gozado a força que assumem a frustração, a quedinha, o interesse na grama do vizinho e a preocupação em contrapeso com aquilo que fazia de mim uma pessoa phoda até poucos dias atrás.
dance with me, nouvelle vague