quinta-feira, 17 de julho de 2008

segunda-feira, 14 de julho de 2008

slide

Todo dia eu lido com uma porcentagem de medo, uma porcentagem de sonhos e uma (grande) de realidade. O medo é ignorado até o momento em que eles aparecem displicentes; displicentemente bonitos, atirados e sinceros. Os sonhos são... sonhos. E desejos incautos, que esperam a hora. A realidade é simplesmente a causa do resto.
Às vezes, eu fico pensando que essa equação não pode dar certo: tenho uma cota de causa bem maior que a de conseqüências. Isso significa que... eu vou passar a vida causando. [?] Promissor.
Tenho uma teoria que diz que é possível medir a cota de causa (realidade) pelo que você não faz - ou faz sem respaldo positivo - com o objetivo de equipará-la à cota de conseqüências. Hm...
Há um leve desequilíbrio aqui.
A não ser pelos meus acessos sentimentais, raramente estou onde estou, onde desejo estar. Não sossego. Tenho um excesso de energia para uma puta falta de vazão. Acabo me preocupando com o que não acontece. É um ciclo vicioso e cansativo. Eu fico literalmente causando sem solução, sem medir conseqüências.
Faço as vezes daquele personagem secundário na minha própria vida, que observa e parece ser uma peça importante, mas não é senão um curinga.
É mesmo a realidade que afugenta ou seria eu um tipo nato de fuga?