sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

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Tenho saudades de quando meu irmão era pequeno. Nós brigávamos, saíamos na porrada, mas eu tinha com quem brincar. Agora, quase não o vejo, não temos mais nada a ver um com o outro e o que ele pensa sobre mim é, quando muito, desagradável. Sou filha única na prática; a gente não compartilha mais na-da.
E eu ainda tenho um orgulho exagerado daquela criatura, fato que não mais me coloca na posição de irmã coruja, mas na de idiota. E os idiotas, mesmo aqueles como eu, que insistem, insistem, insistem e insistem, um dia cansam.
Às vezes, me imagino lá pra frente e o Davi não aparece. Isso é triste.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Só que hoje fez sol...

aí que o meu capinzinho ficou todo molhado
molhado de ver nascer o sol do orvalho
em pleno verão majestoso de gotas, enfado
lá fora respinga e os pingos de lego no assoalho

meu chinelo de dedo resmunga o desuso
da minha palavra não corre mais que suspiro
de olhar pela janela e dar de chuva, é abuso
são pedro tá distraído e o verão de retiro

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Ôpa.

Ih caraleo. A esperança morreu. Saiu a lista de xD classificação. E pra eu poder ficar com uma das vagas, 39 pessoas teriam que l.l misteriosamente desaparecer. Isso é estranhamente reconfortante. :0)
Quer dizer que, tipo, se eu, um dia, tiver paciência pra passar outro ano estudando, tenho até chance. Só que isso é algo que não vai acontecer tão cedo, porque eu c-a-n-s-e-i de estudar, meow!
Amanhã, eu corto o cabelo. \o/ Mas não vai poder ser moicaninho, porque eu vou ter que me manter apresentável.

Quanto à USP.

A esperança é a última que morre. E a minha só morre depois da 4ª chamada, apesar d'eu não achar que alguém desista tão facilmente duma vaga na carreira mais bacana e, eventualmente, mais disputada da ECA.
O negócio é fazer o melhor com o que tenho em mãos agora, ou seja, a Cásper. E, pra isso, eu preciso ficar rica. Rápido.
Portanto, quem estiver precisando de uma secretária, ou recepcionista, ou quebra-galho, ou simplesmente alguém pra quem ceder uma herança, avisa. Que, de minha parte, já estamos assim: cabelo penteado, salto alto, saia (respeitável) e blusinha social, currículos numa pasta e um dia de caminhada pela frente. Emprego, capiche?

Lembrando que a esperança continua a ser a última que morre. :0)

Ontem, primeiro dia de Cásper.

Menino: é jornalismo?!
Eu: ahan.
Menino: pessoal! Aqui! É jornalista!!!
Banho de tinta.
Menina: é jornalismo?
Eu: não, não. PP.
Menina: tá ligada que tá escrito JO na tua cara, né?
Eu: er. Bem...
Então ela foi embora. Acho que ela não entendeu.
Menina e menino: jornalista?!
Eu: não, não. PP.
Menina e menino: ow, cês aê!!! - e nisso eu já tinha lambusado o JO da minha cara - Essa aqui é de PP!
Eu: O QUÊ??? - os veteranos de PP seguravam ovos.
E fugi.

Eu acho que...

todo mundo deveria ouvir Luiz Melodia.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Da série "perguntas que você se faz de vez em quando".

Estou sentada no metrô. Essa mulher começa a pedir trocados pra dar de comer ao filho. Dou algumas moedas e então me faço a seguinte pergunta: "mas como foi que ela entrou aqui?".
Hm.

É assim que funciona, ou tô enganada?

"Chega de CPMF!!!" - bradou alguém nalgum canto recôndito do Congresso, e todo mundo estremeceu.
"Que será que quiseram dizer com isso?" - retomado o burburinho entre os companheiros de discursos animosos sem utilidade prática.
"Simples. Já está na hora... Não dá pra prolongar mais! Tarifa provisória não é imposto! Afinal, já são o quê? Dez, onze anos?!" - reiterou o pequeno bradante. A oposição ouvia interessada, certa de não demonstrar qualquer reação perante aquele repente.
Foi quando algum político importante deu início a um discurso tinhoso - "Ora, para que o alarde?! O nosso companheiro ali tem razão!! (...)" -, enquanto organizava, às custas da inquietação distração geral, um projeto a ser votado que validaria definitivamente a CPMF como imposto, e mandava a secretária reunir informações acerca do petulantezinho que viera causar a movimentação que agora se via tramitar pela casa de política do Estado do Brasil. Era preciso eliminá-lo coagi-lo amigavelmente.

Seguem as proclamações e o caríssimo presidente é convidado a dar seu parecer: "a verdade é a seguinte. Essas pessoas, sobretudo os ricos, porque pobre não paga CPMF, vamos ser claros. CPMF é coisa de rico, não é coisa de pobre (...), essas pessoas precisariam, sobretudo uma parte empresarial, não apenas reclamar do que pagam, mas dizer publicamente também quanto ganham, quanto lucraram nesses quatro anos".
A oposição resolve colocar-se a favor do fim da tarifa imediatamente.

Após algumas semanas, ao terceiro dia de trabalho dos congressistas e à 1110ª manchete publicada acerca do Fim da CPMF, é realizada uma votação, onde o projeto do político importante é rejeitado. É hora de o querido presidente, recém-trazido da Bolívia, onde discutia alguma questão crucialíssima, pronunciar algumas honrosas palavras: "meus caros companheiros, se é chegado a hora de dar um basta na CPMF, a gente dá!". Risos Aplausos. "E que o povo brasileiro fique sabendo que não vai ter elevação dos impostos!!!", completa, empolgado com a vibrante multidão.
A oposição faz festa; tenta, inclusive, convidar o camarada petulante para tomar algumas e comer umas menininhas, mas aparentemente o cara morreu no que teria sido um complô planejado pelos capangas do político importante um assalto à mão armada.

"É preciso fazer cortes!" - alega um situacionista. "Evidentemente", concordaram. A questão era onde... Na saúde, na educação, na previdência, no setor público? Eis que surge uma voz ao léu e diz "a gente manda o excelentíssimo presidente dizer que os cortes serão feitos sobre o Judiciário, o Executivo, o Legislativo e o sistema financeiro!". Aplausos Risos. E, como não há, nesse governo, uma única besteira indigna de palco, foi exatamente o que o presidente declarou.

O pacote de reajustes é lançado e a oposição samba, pois que os banqueiros, bem como os salários de nossos respeitáveis políticos foram poupados e os tributos recaíram sobre [quem mais?] os servidores.

Ah, a porra da tarifa do metrô também há de subir. Isso me revolta.