quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Hm.

Para além do que eu não tiver pra dizer de, digamos, substancial, digo que pãozinho na chapa é uma das maiores alegrias de que o homem moderno dispõe no seu dia-a-dia. A sensação equipara-se àquela do miojo degustado com calma depois de um dia imenso e cansativo.
Pequenos prazeres.

Sinceramente, eu prefiro os grandes; pequenos prazeres são legais e podem ser curtidos a um som teu, com chuva, rosas e vinho tinto pra acompanhar, mas eu gosto mesmo é do êxtase. Pequenos prazeres funcionam mais ou menos como ping pong: eles não te consomem. Já o tênis, esse sim. Dá pra dizer que funcionam como o futebol de botão também, mas eu sempre preferi comparar incompletos/imperfeitos ao ping pong.
Um dia, alguém me disse - alguém diferente de mim [sim, porque há vezes em que eu realmente tenho que me lembrar de que foi alguém diferente de mim que me disse alguma coisa] - que a felicidade é feito uma coisa que tá lá em cima, em algum tipo de plano superior que, quando atingível, é praticamente inabalável. Daí eu dei o meu parecer e, bem no meio da conversa, percebi que a felicidade pra mim só é "felicidade" de fato, porque é, literalmente, um êxtase. Um súbito êxtase, como se eu tivesse feito a melhor viagem possível e a mais deslumbrante. E toda vez que eu fico feliz, eu choro. Choro, porque é muito biito. De uma beleza que eu quase não consigo suportar.
Daí nós ficamos lá, comparando felicidades.
E a verdade é que, se eu conseguisse atingir o ápice com todo o pãozinho na chapa, teria simplesmente uma droga pra me engordar, devido às quantidades cada vez maiores das quais precisaria para me sentir não mais feliz e momentaneamente plena, mas apenas... satisfeita.

miss america, something corporate

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