terça-feira, 2 de outubro de 2007

Indo, sem grandes coerências...

Daí domingo foi meu último dia na loja. Saí de lá com cinco listas enormes de filmes pra assistir, a maioria drama ["taí teu perigo, taí teu perigo"], e algum princípio de saudade. Saudade das minhas dancinhas por entre as prateleiras; de Madagascar, Letra & Música e dos filmes do Elvis rodados a esmo pra distração geral; de alguns clientes de gosto mais afiado, que passaram pra categoria de "conhecidos"; saudade da Thaís e, principalmente, do Thiago e as nossas discussões futurísticas sobre a humanidade mais as análises pseudopsiquiátricas envolvendo as mulheres desacompanhadas e os homens à procura de fortes emoções. O tipo de pessoa que vale muito a pena conhecer.
Era bem assim: "que será que o Thiago tem pra me explicar hoje?".

Uma coisa que eu reparei: só depois de retomar algumas coisas é que você percebe o quanto pequenos hábitos podem fazer falta. Por exemplo, eu fui alugar filmes. É, pode parecer ridículo, dado o fato d'eu ter trabalhado numa locadora todo esse tempo, mas fui! E, meeeeeeeow, que delícia é passar uma hora e meia escolhendo aquele montão de capa colorida e sinopse interessante pra levar pra casa! E nessa sexta-feira agora, eu vou sair!!! Sabe há quanto tempo eu não tenho uma sexta à noite?! \o/ Meeeeeeeow, é muito lindo isso! E mais: sábado, eu retomo o Rascunhos; no feriado, se as coisas se arranjarem conforme tô planejando, me mando pra praia! Huá!!! :0D

Esperando no balcão com os filmes, eis que surge ao meu lado a Isa. Então eu me pergunto o que não faz a distância, porque nos cumprimentamos sorrindo e eu fiquei com as boas lembranças da amizade, como se não tivéssemos brigado, como se eu não tivesse ficado com raiva dela, como se ainda houvesse muito o que conversar. (Juro que, se não estivesse com horário, a convidava pra assistir a algum dos meus filmes.) Gosto de esbarrar nas pessoas assim, pelo menos naquelas que não fazem falta, sabe? É bom, parece que tá todo mundo curado das diferenças e daqueles motivos pequeninhos que resultaram naquela briga que explodiu ninguém sabe onde.

Eu fico cá com meus botões pensando que sou uma criatura extrema e cinicamente autosuficiente pra ser alguém que, quando sente falta de algo, sente falta daquilo que vem do outro, ou daquilo que podia ser com o outro. Não sinto falta de sabedoria, beleza, talentos, whatever. Mas sinto falta de atenção, carinho, vozes, às vezes até de brigas - porque o outro é que me motiva a saber, a descobrir, a me enfeitar, a enfeitar tudo o que vejo. Contudo, não me é nada difícil deixar de lado todas essas "necessidades" na falta; eu me pego bancando todos os papéis com facilidade. Tudo fica mais fácil quando é de mim pra mim.
(Meu medo é ver chegar o dia em que eu vou perceber que já me acomodei a essa condição...)

Já tô pensando no próximo trampo. Queria trabalhar em alguma balada, algum barzinho legal. Quem sabe no Barzinho da Esquina, da Vila Madá? Pra curtir mais essa febre noturna que acende São Paulo no escuro...
Vou sentir saudade do Thiago me chamando de Madaga.
^^//

ouvindo fadas, luís melodia.

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