terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A história do Show

Levantei cedo; estava ansiosa desde as 8h da manhã. Mamãe já tinha saído e Davi se aprontava pra ir pr'o serviço. Eu ainda teria que enrolar bastante, por isso liguei o pc e, em prelúdio, deixei tocar o que ouviria à noite. Fiquei saltitando pela casa até sair.
Cheguei no serviço e estressei de cara. Sá confidenciou baixinho que o pessoal ia mandar cancelar nossos e-mails pessoais. Eu, pensando tão somente nas minhas fofocas vespertinas, disse "mas isso não tem nenhum cabimento". Depois a chefa explicou direitinho e eu vi que fazia sentido - detesto quando isso acontece.
Então ficamos por lá, nos despedindo de nossos e-mails pessoais, avisando todo mundo de que essa seria a última vez que nos comunicaríamos em horário comercial. Mas o estresse não diminuiu a minha empolgação. E foi só a gente cair no assunto música que o Rodrigo falou "é hoje, né?". Pronto, eu surtei. "Ééééééééééé!!!" *O*
Ao final do dia, todos estavam me desejando um ótimo show. Então eu saí correndo pra pegar as minhas esfomeadinhas no metrô: Bah, Juh e Nathy iriam pra casa e ficariam por lá até dar a hora. Acabaram com ¬¬ o meu estoque de miojo.
A Bah e a Juh estavam usufruindo da comida e do transporte. Quem ia assistir meeesmo ao show comigo era a Nathy, que chegou aqui e saiu perguntando sobre os ingressos. "Tão ali, ó". E o recinto ficou em abençoado silêncio, até que a Juh perguntou por que os nossos eram diferentes dos delas. "Não é Ticketmaster. É Citibank Hall Master". "Então tu não pagou a taxa extra, né?!". "Nope". "Ai, essa gente que pode"...
As quatro estavam empolgadíssimas: com certeza, íamos chorar bastante. Minha Mãe viu aquele monte de gente na cozinha, cantando The Professor e comendo miojo, perguntou se estávamos sob efeito de narcóticos.
A Nathy foi escolher minha roupa, porque se recusava a sair de casa com alguém no meu estado. Eu dizia que já tinha escolhido algo adequado e ela, novamente, se recusava a acreditar que eu fosse capaz disso. Por algum motivo, eu acabei obedecendo e saí com uma calça mais justa e uma blusinha grandona, daquelas que mais parecem um vestido, com desenhos de flores e borboletas.
No carro, falamos sobre propaganda de cerveja e Damien. "Ele não pode abrir o show com The Blower's Daughter. Não pode, não pode, não pode!". Então começamos a cantar Rootless Tree (Fuck You, para os íntimos). Mamãe visivelmente tentava se concentrar, em meio à nossa cantoria, ao trânsito e ao pé d'água que caía.
Nisso, houve um momento, alguém comentou algo sobre raio. E eu completei falando em árvores. Na sequência, ouviu-se um PUTA estouro e o carro tremeu todo! Foi decidido que eu tinha super-poderes e, para segurança geral, eu fiquei de bico calado até chegarmos ao Citibank Hall.
Chegamos às 21h30 e ficamos lá fora, todo mundo com o coração na boca. Segurei a mão da Nathy e ela apertava com força.
Decidimos ir para os nossos respectivos lugares. Eu e Nathy pr'um canto; Bah e Juh pr'outro. Nathy fazia patê da minha mão. O show atrasara por conta da chuva e nós ficamos fofocando. Eu estava phodasticamente contente por ela estar lá, de livre e espontânea vontade, e contei que, quando percebi que Damien era o que eu tinha eleito pra rei do meu pandemônio musical, pensava que jamais conheceria alguém pra gostar dele o suficiente pra ir a um show comigo.
O cara do nosso lado era um Damien em pessoa. Ele estava com a namorada e tinha aquela cara de pamonha incomodado, que acabara de acordar. A namorada era toda efusiva, mas, durante o show, tu tinha a impressão de que ela gostava mais do que ele.
A produção começou a acender as velas no palco. O Citibank todo silenciou. Só que era alarme falso, e o burburinho tomou novo impulso.
Uma das coisas que mais se comentou antes do show era se ele viria com a banda e a Lisa Hannigan, ou se seria um show de voz: só ele, o violão e deus. Aliás, Lisa Hannigan era um assunto recorrente. Vir sem banda é uma coisa, pode ser irrelevante, agora a Lisa... "I Remember, por exemplo, vai perder completamente a graça".
Nathy comia sementes de girassol. E eu, ainda que muito alegre com ela lá, tinha vontade de dar-lhe uns cascudos por ter esquecido a câmera fotográfica. Não que eu me importasse realmente, porque, em se tratando de show do Damien, eu teria sérios problemas para querer fotografar qualquer coisa, ao invés de assistir.
Então o pessoal começou a dar os avisos de segurança e a Nathy deu um último aperto na minha mão e soltou assim que o Damien adentrou o palco! Ele entrou discretamente, calado, sob os urros do pessoal empolgado e já se dirigiu para o microfone, embalando a primeira música: The Professor & La Fille Danse. O pessoal foi à loucura! Eu, então, putz, perda total: comecei a cantar alto com todo mundo.
Ele vestia uma calça marrom, um sapatênis marrom, com cadarços estranhos e uma camisa social meio arregaçada de tanto usar. Magro, a barba mal feita de sempre, o cabelinho bagunçado. A voz, um tremendo poçante. Igualzinha; você sabe que é ele cantando em qualquer lugar do planeta.
No meio da música - uma das que eu mais gosto -, comecei a chorar. Cantava e soltava os meus "UHUUUUUUUU" ao mesmo tempo. A Nathy é um pouco mais contida nesse sentido, mas não se importou, e eu fiquei muito à vontade.
Durante a pequena pausa entre a primeira e a segunda músicas, o pessoal começou a pedir por Sand. Ele simplesmente disse "how the fuck do you know Sand? well... first, i'll sing this song and, maybe, next song can be your choice". E embalou Delicate. Delicate é a música que o menino da Ana canta pra ela. Uma palinha pr'ocês:

we might kiss when we are alone
when nobody's watching
we might take it home
we might make out when nobody's there
it's not that we're scared
it's just that it's delicate


Francamente, eu rezava pra que ele não se sentisse inibido, ou mesmo desconfortável com uma platéia brasileira. Que nada. Depois de Delicate, começou a fazer piadinha e falar "i'm feeling such a heat - you know, a warmth - from you". Realmente, fomos uma platéia calorosa. E cantávamos bem, como ele próprio afirmaria algumas músicas depois. "you sing well... so far".
Nisso, eu já tinha secado as lágrimas das duas primeiras músicas e ele embalou Sand, a pedidos. Sand foi de fato uma boa escolha. Fala, entre outras coisas, de como nós desperdiçamos tempo, errando no básico ao conhecer uma pessoa e o que ela sente, porque estamos mais preocupados em provocar erupções sem sentido. eu não sou um grão de areia, não ligo pr'o que tá escrito na tua mão, porque isso tá destinado a mudar.
Depois de Sand, o Damien falou da chuva na Irlanda e começou a contar um causo: "one day, i was in bed, looking at the stars over the window and, for no reason at all, i was feeling really pissed off, which, as you know, is something really unusual for me". Risos gerais. "anyway, i was really pissed off, so i decided to call my friend; a woman, to whom i've been friend - and we were only friends - for... how do you say it? siete? sete? oh, sete? all right, sete ános. and she said 'wanna come over? come over'. and i went to her house". Uhhhhhhhhhhhhhhh's gerais. "she said that her sister was away and i could stay in her bed... while she would sleep in her sister's bedroom! well, then i got more pissed off!". Enfim, ele contou a história que desembocava em Amie, a próxima música.
A voz dele enchia o Citibank Hall e todo mundo 'tava igualmente inebriado. Poucos sentiram falta da Lisa ou de qualquer banda. As batidas eram improvisadas no próprio violão e a luz roxa focava nele o tempo inteiro. Às vezes, dava voltas na platéia, mas depois retornava ao fofo.
Quando Amie parou, ele introduziu Woman Like a Man afirmando o seguinte "this next song was written after Amie. somehow, it's impressive that, when you love somebody so fucking much, you're as well capable of hating this person on the same level".

i need a piss
wanna hate
fuck it up
come

my love
eat your meat
keep your teeth
run

you lost me
you cost me
you thought me of me, yeah

we're bad
what we do
stupid fools


Não sei por que tipo de traumas amorosos esse menino deve ter passado, mas certamente foram muito produtivos. Na sequência, ele tocou Elephant, pra lembrar-nos de que ainda é um cara deprimido.
O Damien gesticula bastante. Ele faz aquela cara de quem tá explicando algo complicado, que as mãos, por algum motivo, parecem desenvolver melhor que ele. Achei isso totalmente bacana, ainda mais porque não é coisa que se vê no Youtube.
Depois de Elephant, veio a música que todos comentavam que perderia a graça sem a Lisa. E, se pá, essa música calhou de ir pr'o repertório, pr'ele provar que pode se virar muito bem sem ela. Caralho. E pode! Reconheço que a música não atinge o nível super star da versão original, mas não deixa de ser uma baita Brastemp.
Muita gente sentiu falta da Lisa nessa música. Mas eu achei que a versão ficou boa e a Nathy também não reclamou. Era o que importava.
Então, senhoras e senhores, eu tive um tremendo treco. Ele deu aquela filosofada básica e desceu a porrada em Coconut Skins, minha música fa-vo-ri-ta. Segue a letra (isso se eu já não postei aqui ou em algum outro lugar):

you can hold her hand
and show her how you cry
explain to her your weakness so she understands
and then roll over and die

or you can brave decisions
before you crumble up inside
spend your time asking everyone else's permission
then run away and hide

you can sit on chimneys
put some fire up your ass
no need to know what you're doing or waiting for
but if anyone should ask...

tell them i've been lickin' coconut skins
and we've been hanging out
tell them god just dropped by to forgive our sins
and relieve us our doubt

you can hold her eggs
but your basket has a hole
you can lie between her legs and go looking for...
tell her you're searchin' for her soul

or you can wait for ages
watch your compost turn to coal
but time is contagious
everybody's getting old

so you can sit on chimneys
put some fire up your ass
no need to know what you're doing or looking for
but if anyone should ask...

tell them i've been cookin' coconut skins
and we've been hanging out
tell them god just dropped by to forgive our sins
and relieve us our doubt


"sometimes i feel i got this planet of problems sitting on my shoulders, you know? so, every now and then, when i'm pissed off, i turn on the bath. it works, trust me. i'll tell you. when the bath is almost full, you get in, with clothes and all, you kneel (e ele se agachou mesmo), hold your breath and submerge. when you feel like coming up, you take your own hand and push your head in, for like 10 more seconds. you can take it. and then, when you get your head out, there you go: no more problems. you're breathing again". Parece sério, mas a encenação foi muito engraçada. Nisso, ele pediu que apagassem todas as luzes. Ficamos no escuro ao som de Cold Water, cujo trecho final ele imendou em Hallelujah.
Então começou a zona. Volcano deixou o bom moço agitado e ele se empolgou ao final da música. "everybody who wants to sing along, come on here!". Meia platéia foi. A Bah, inclusive. Os seguranças olhavam com cara de "mas que bicho mais idiota" e o Damien dizendo a eles "it's ok, it's ok". As pessoas subiram e foram divididas em dois grupos. E... Bem, eu fiz um videozinho disso. O som tá ridículo e há umas interferências no som que são (isso é que é qualidade, hein?) as palmas do pessoal. Risadas e comentários em inglês audíveis foram obras minhas e da Nathy. Toma:



Ah. Foi sensacional essa parte do show. Findo o frenesi, Damien cantou Rootless Tree, ou Fuck You, como queira, e eu tornei a me emocionar, porque é uma das minhas favoritas também. Uma palinha pr'ocês:

and all we've been through
i said leave it
it's nothing to you
and if you hate me
then hate me so good that you can let me out
let me out of this hell when you're around
let me out...
and fuck you, fuck you, i love you
and all we've been through
i said leave it
it's nothing to you
and if you hate me
then hate me so good that you can let me out
let me out...
it's hell when you're around


Daí, pra pseudo-encerrar, ele deixou o microfone de lado, desligou o amplificador, foi até a ponta do palco e cantou Cannonball a plenos pulmões. A platéia era um misto de admiração e vontade de cantar junto, mas nos seguramos bem. A voz dele ressoou. E todos aqueles que não conseguiam se conter (eu inclusa), fizeram o que eu chamaria de um coro de fundo perfeito: baixinho, baixinho.
Deixou o palco sob aplausos empolgadíssimos. Eu e Nathy gritávamos.
Dali alguns minutos, ainda sob aplausos, voltou para o palco. Começou a contar a história da vinda pr'o Brasil. Aparentemente, ele tem uma amiga com dois filhos em Florianópolis e ficou sabendo do que sucedeu à Santa Catarina nos últimos tempos. Resolveu vir e fazer shows, pra arrecadar fundos que serão revertidos em ações e projetos de caridade.
Daí ele falou algo sobre ter ido a um bar de "sals... samba, samba!" no dia anterior. Pediram pra que ele dançasse; ele disse "no, no". E começou a falar de uns amigos músicos brasileiros que tentaram ensinar alguns acordes legaizinhos, que ele não conseguiu pegar.
Eu me distraí e, no minuto seguinte, quem adentra o palco, com uma guitarra chegay?! Max de Castro, o famoso Simoninha! E começam a cantar Desafinado. O Damien, desafinado que só, ficou mais encolhido nessa canção, só com o microfone (ainda assim uma gracinha):

o que voscê nao sabe nem sequer prressente
e que os desafinados tabem têm un coraçao
fotogrrafe voscê na minha Rolley-Flex
rrevelo-se a sua edorme ingratidao


Depois de Desafinado, o Simoninha deixou o palco e o Damien tocou aquela canção, por meio da qual a gente ficou sabendo da sua existência: The Blower's Daughter, música tema do filme Closer - Perto Demais. Nathy e eu concordamos alegremente: "não foi a primeira, não foi a primeira!".
Na sequência, o Damien agradeceu o elefante com chapéuzinho do Brasil que havia ganho de alguém da platéia. "i have no fucking idea of what i'm suppose to do with it, but i appreciated it anyway. who gave me this elephant?". Uma menina levantou a mão. Ele, então, apanhou o vinho que a produção deixara no palco junto das velas, e pediu que ela fosse até lá. "come on and have a drink with me". A menina foi, mas disse que não bebia. "she doesn't drink" - ele disse e, imediatamente, eu e uns outros gatos pingados levantamos a mão e começamos a berrar "I DRINK!!! I DRINK THE WHOLE BOTTLE!".
Daí ele pediu que os seguranças com cara de cu escolhessem um menino e uma menina da platéia para beber com ele. Pegaram um menino e uma menina da primeira fila.
Os dois subiram, sentaram com ele no palco e ele encheu três taças com vinho. Bebeu tudo num só gole e os bons bebedores da platéia reconheceram o talento do cara. Um deles (e eu suponho que tenha sido uma menina) gritou "MARRY ME!".
Então, ele começou a contar essa história sobre esse cara "who was pissed off", que conheceu essa menina linda, aparentemente desacompanhada. Ele a chamou pra ir beber e ela aceitou o pedido com um sorriso.
"they were there talking and drinking, and it was a lovely night. and you're amazed by this girl, but then you two finished the bottle. oh god. what should you do now?". E olhava para os dois, como se eles precisassem encenar uma conversa; eles fingiam qualquer coisa e o Damien completava "we should have another bottle!". Ele ia lá e enchia as três taças novamente. Chegou num ponto, a menina falou que não ia mais beber, porque teria que dirigir.
"oh, no, no. drink more". Não sei se ela bebeu, só sei que ele insistiu uma vez, depois não mais. Enfim, duas garrafas de vinho foram exterminadas em pleno palco. E ele contava a história até a parte em que "then, when we couldn't take any more wine, i remembered that my bus, by that time, was no longer passing. i got a little nervous, but then i looked at her and she seemed so calm, i assumed she lived thereby. i asked her if she lived near, 'cause there weren't any more buses at that time. and then she said she was gonna meet her boyfriend somewhere". Não lembro se foi então - acredito que tenha sido -, mas ele levantou, cambaleante, acendeu um cigarro e foi até a outra extremidade do palco, com a taça de vinho na mão. Fez um sinal à produção e a gente só ouviu aquele som de fundo de Cheers Darlin'. Ele deixou a taça no chão, pegou o microfone e começou a cantar, caminhando de um lado a outro do palco, como se estivesse tremendamente bêbado.

cheers darlin'
here's to you and your lover boy
cheers darlin'
i got years to wait around for you
cheers darlin'
i've got your wedding bells in my ear
cheers darlin'
you gave me three cigarettes to smoke my tears away


Ele gritava especialmente nos "here's to you and your lover boy". A Nathy olhava pra mim e dizia "ele é louco". Ele é demais.
Cheers Darlin' foi a última música. Ele agradeceu aos aplausos e deixou o palco meio zonzo. O público aplaudiu durante uns cinco minutos e muitos, assim como eu, devem ter sentido que haviam acabado de assistir ao melhor show de suas vidas.
Nathy e eu levantamos e nos encontramos com a Bah e a Juh do outro lado. A Juh não estava com a cara tão boa. Ela queria muito ver a Lisa Hannigan e a música favorita dela, Older Chests, não entrou no repertório. A Bah estava toda efusiva e corria atrás de todo mundo da produção pra ver se conseguia entrar no camarim. Fez muito bem, porque houve uma hora em que um cara batuta a chamou, junto de outras pessoas, igualmente efusivas. Eu não perdi tempo, agarrei a mão da Nathy e plantei guarda na portinha que a Bah havia acabado de atravessar junto do resto do pessoal.
Demorou uns 10 minutos, mas, enfim, chamaram mais três pessoas. A gente conseguiu entrar junto de um carinha chato.
A Nathy fazia novamente patê da minha mão e, ao contrário do que esperava, eu não estava um tiquinho nervosa. Sabia exatamente o que queria dizer pra ele: "hi!!! *__* i loved your show. thank you so much for coming to Brasil... CAN I HUG YOU?".
Entramos numa saleta e eu fui a primeira a falar com ele. O moço é um pouquinho mais alto que eu, tem olhos azuis penetrantes e muito atenciosos, a barba avermelhada. Eu o cumprimentei, mas nem precisei falar a parte do "can i hug you". A gente simplesmente se abraçou. *-* Ele é bom de abraçar. Adoro esses caras magrelas, só um pouquinho mais altos que eu.
Em seguida, foi a Nathy, mas nisso eu já estava pegando um cacho de uvas que havia por lá. Depois da Nathy, o cara chato alugou o Damien pra falar da mãe doente e de como um autógrafo significaria muito pra ele (quando o moço da produção avisou que o Damien não gostava de assinar nada, muito menos bater foto). Falou também sobre o povo brasileiro e, nesse ponto, o Damien voltou a falar do bar de samba, com o pessoal dançando e toda aquela energia. As mãos dele pulavam de tanta empolgação.
Eu não podia estar mais contente. Alguns minutos depois, era a vez da terceira levada de gente entrar. E aí eu fiz questão de interromper um pouco o cara chato para abraçar o Damien de novo. Tipo. Soou até estranho como tudo pareceu tão natural. Eu simplesmente disse "excuse for just one second, please... Damien... we gotta go, so i... ah... anyway". *_________* E pá. O segundo abraço.
Segurei a mão da Nathy e saí de lá... feliz.

2 comentários:

Artur Gelumbauskas disse...

Muito bom ver quem a gente mais admira de perto, né? Fiquei feliz em ler!

Pedro Zambarda disse...

Mulher, você escreve!

Admiração íntima, íntima e familiar ;]