sábado, 11 de abril de 2009

plans for life

A Patagônia...
Um dia, fazendo uma lista viável de lugares que valeria a pena visitar, pensei que uma viagem de carro até os confins austrais do continente não seria tão má ideia. Na Patagônia, tu encontra cores exóticas, pinguins, leões-marinhos, deserto, montanhas geladas, neve... enfim, belos cartões postais.
Sairíamos de Sampa e faríamos paradas estratégicas pelo sul do Brasil: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, respectivas capitais e arredores. SairíaMOS, porque eu não vou sozinha. Vou levar meus amiguinhos... Eles só não foram informados ainda.
A verdade é que eu iria sozinha de boa, mas vou precisar, no mínimo, de um homem (pra carregar bagagem e fazer cara de mau, se liga?). Então, se é pra levar um homem, aproveito e já levo a penca. Por isso, não vai ser mais um carro e, sim, uma van.
'Tava com dois colegas meus da faculdade em mente, mais o Marcelo. O Marcelo é um enrolador; enroladores são sempre muito úteis. Os dois colegas se encarregam da direção e tentam manter a situação sob controle, porque eu estou pensando em carregar mais três amiguinhas minhas e todas elas (além do Mah) curtem uma boa guerra de travesseiros... Difícil mesmo vai ser conciliar os gostos musicais, mas, até aí, eu sempre posso cantar:
(...) i just called to say i love you
and i mean it from the bottom of my heart (...)

Anyway, nós estávamos descendo, né? Depois de Porto Alegre, correríamos pelados pelos pampas e continuaríamos nossa jornada até Montevidéu, no Uruguai. Então seguiríamos até Buenos Aires, na Argentina, onde passaríamos alguns dias assistindo a apresentações de tango. Dali em diante, é só descer, descer, descer, tirar fotos da paisagem; descer, descer, parar pra cagar; descer, descer, colocar uma blusa; descer, descer, colocar mais duas blusas; descer, descer, chegar em Ushuaia e ver se é possível descer mais com algum guia turístico. Se, passando dali, só Antártida, a gente pára e pergunta onde estão os pinguins e os leões-marinhos.
Então é só subir. Só que, na subida, nós ficaremos às bordas dos Andes, porque eu também quero tirar fotos de lhamas. Vamos beirar montanha, tirar fotos do Pico do Aconcágua e seguiremos rumo a Assunção, no Paraguai, onde eu vou comprar muitas bolsas Luis Vuitton pra Mamãe.
Daí, é só ir até Foz do Iguaçu e voltar pra Sampa via Paraná.
... e o Pub.
Como eu sei que essa vida de trabalhadora séria e comprometida não é pra mim, das duas, uma: ou eu trabalhava a vida inteira, esperando ganhar na Mega-Sena pra poder viajar, ou eu largava mão dessa bobagem profissionalista e virava hippie, poeta ou dona de bar. Dona de bar faz mais o meu estilo - porque, praticamente, abraça os outros dois.
Decidi que vou fazer o que for pra juntar uma boa grana até os 30 e poucos anos de idade, daí largo o emprego e compro um espaço nas imediações da Augusta/Frei Caneca/Bela Cintra. O pub vai ter o nome de alguma música dos Beatles. Mamãe sugeriu Here, There and Everywhere e, até o momento, eu não consegui discordar. Serão dois ambientes: o primeiro, com duas mesas de bilhar no fundo e as mesinhas à frente. O outro, com mais duas mesas de bilhar, algumas mesinhas nos cantos e espaço pr'as pessoas dançarem e baterem papo, onde, eventualmente, vai haver saraus e shows.
O jogo de iluminação da casa vai ser aconchegante; aquela luz de banheiro que te favorece, sabe? Nenhum clarão, mas você vai poder enxergar nitidamente o rosto da pessoa com quem está conversando. Haverá cantos mais reservados para casais. Não, não é sala pra putaria e pega, gente! u.ú São aqueles cantos discretos, sabe? Escondidos por uma parede bem localizada, ou um balcão bem disposto.
Em hipótese alguma, será um lugar intimidante. Todo mundo será bem vindo, exceto skinheads e punks metidos. Quem estiver afim de briga, fica fora. Se, mesmo fora, quiser brigar com alguém que esteja dentro - não tendo esse alguém outra intenção, senão a de beber em paz -, o que está fora vai se entender com a polícia.
Haverá duas jukeboxes. Uma pra cada ambiente, e todo mundo vai poder ouvir de tudo. Sim, u.u do auge do meu bom gosto, eu vou liberar funk carioca também. A cerveja vai ser barata e a comidinha, deliciosa - nada que pingue óleo. Como eu descobri que os vegans são um bom público e eu posso cobrar mais, porque eles se dispõem a pagar bem pra comer, haverá quibes de soja e opções de bolos de chocolate sem leite, nem ovos.
As pessoas poderão fumar no primeiro ambiente. No salão, onde há shows etc., não.
Uma vez por semana, vou fazer uma noite de baile para velhinhos; numa outra, esquenta para o pessoal da idade da Mamãe. Uma vez por mês, teremos saraus; às sextas, shows ao vivo, variando o estilo: rock, jazz, blues, classic rock, mpb, forró, Damien Rice. (Pr'os bailes dos velhinhos e dos papais e mamães, eu alimento um desejo interno de ser a dj.)
Do lado do balcão, vou deixar duas daquelas joças que giram, com pocket books (daquelas que a gente vê nas bancas). Não haverá balcão no segundo andar. Ok, a ideia é que o segundo ambiente seja um segundo andar... É que eu acho um charme pegar bebida e subir escada.
E.

=]

Um comentário: