terça-feira, 20 de janeiro de 2009

alligator

Há pessoas que, sem qualquer esforço, pegam de mim uma espécie de carinho explícito. São pessoas que se aproximam sem medo e, por ironia, cheias de má vontade. Não têm paciência pra me explicar as coisas e até censuram com olhares quando eu me ponho a conversar com seus colegas.
Então, alguns meses depois, são elas que me repassam os e-mails das fofocas, que perguntam como foi meu dia antes de aterrissar ali, em meio a cobranças e horários, que dividem comigo o último bombom da caixa de sortidos.
Com a maior liberdade do mundo, elas fuçam as fotos do meu celular, ouvem e mandam no meu iPod, conquistam um espaço que me faz abraçá-las espontaneamente, como se eu fosse dada a public displays of afection, e riem da minha cara quando eu tropeço na rua.
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