quinta-feira, 10 de maio de 2007

Teoria do presente certo

Nunca fui de escolher presente... A minha regra para todas as exigências que incluem a minha pessoa, uma data comemorativa e uma criatura que não tenha subido muito no meu escalão de criaturas favoritas recebe algo assim: ou um vale-compras da Fnac, da Cultura, da Saraiva, ou alguma peça de roupa comprada por Mamãe. Agora... Quando se trata de alguém por quem eu sinta algum tipo de carinho, a coisa toda já se torna um tanto mais complexa, porque aí eu penso que o presente tem que valer algum tipo de mensagem - o que não é necessariamente verdade, mas eu gosto de pensar que é.
Por isso, eu nunca dou o que me pedem (a não ser que seja necessário - diria mais, diria estritamente necessário)... Geralmente, aquilo que muito pedem ou passa a ser outra coisa assim que recebido, o que o torna irrelevante depois de um tempo porque fora só mais um desejo atendido, ou invalida-se no recebimento, dado o fato de que o presente não viera de quem se esperava que viesse. E eu tenho, TENHO que ser um mínimo considerada na hora. É o ascendente, fazer o quê? Ele exige algumas compensações... O negócio é não dar o melhor, mas ficar longe de dar aquele que a pessoa pega e esquece quem deu.
Meu presente tem que ficar na medida certa, seguindo à risca as proporções do quanto bem eu quero a pessoa, mais a conta que a criatura faz de mim na vida dela, mais algo assim entre o gostar, senão muito, o suficiente pra lembrar alguma coisa de mim, mesmo sendo algo que ela não use sempre (ou nunca ~^).
E eu também não dou presente que não me agrade, primeiro porque isso denuncia totalmente as minhas segundas intenções e eu geralmente já as tenho muito expostas na testa pra me fazer crer que o presente mediano não tem nada de mais; segundo porque eu preciso provar pra mim que um pouquinho, um tiquinho, uma fagulha da criatura eu conheço. Taí o desafio. =0)
Escolhido o dito cujo, faço questão de embrulhar do meu jeitinho medíocre made in home.
Agora, quando tu sabe que não há no mundo outra pessoa de quem a tua visada criatura espera algo, daí a gente faz uma concessão e dá logo o melhor barato, que é pra todo mundo ficar contente e se agradecer com um abraço apertado.

Ouvindo: Perfeita Simetria, Engenheiros do Hawaii

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