sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Sou eu não...

Tô quase me convencendo de que eu tenho uma puta cara de atendente. Outro dia, fomos ao shops. Entramos numa papelaria (papelarias são interessantes) e duas pessoas, repito, DUAS pessoas - uma véia e um menino - perguntaram sobre produtos da loja.
"Ó, desculpa, mas eu não trabalho aqui não".
E essa não é a primeira vez. Já me perguntaram sobre Tylenol e absorventes numa farmácia, sobre livros e cd's na Saraiva e na Fnac, sobre celulares dentro da TIM. É foda ter cara de solícita.
Falando em solicitude, outro dia me ligou no celular essa mulher:
-- Alô.
-- Alô. Quem é que tá falando?!
-- Andrea. Quem é você?
-- Como assim Andrea?! Mas este é o celular do MEU marido!
-- [Ai caralho.] Olha, moça, deve ter sido um tremendo engano. Eu não conheço o SEU marido!
-- Mas esse é o número dele! Quem é VOCÊ?!?!
-- Olha, minha senhora, eu JURO que não conheço o SEU marido. Eu tenho 19 anos, sou de São Paulo e (...)
-- Ah, é de São Paulo?!
-- É!
-- Ah, então me desculpa! MEU marido é de Sorocaba.
-- [Ainda bem.] Então foi mesmo um engano. O DDD daqui é 11 e tals.
-- Ai, me desculpa. Ficou muito estranha a situação, né? (rs)
-- É, ficou. (rs)
-- Ai, tchau, tchau, então, bem.
-- Tchau, tchau.
Falando em "tchau", estava voltando pra casa, nessa outra ocasião, até que, meldels, quem surge à minha frente, saído de um salão de beleza chiquérrimo, mas discreto? Senhoras e senhores, eu vi o Celso Pitta. Celso Pitta que devia ter acabado de retocar os fios grisalhos. Se pá, ele consultou também a pedicure. Pés enormes. Seguranças também. E um carrão preto pra comportar tudo isso.
Sobre carrões, andei numa daqueles Mercedes antigas, com câmbio automático, painel de madeira e outras frescuras. Contei pr'o Davi e ele ficou morrendo de invejinha. É só pra isso que serve também, porque tanto faz o nome da lata sobre quatro rodas, desde que me carregue.

vamos fugir
deste lugar, baby
vamos fugir
tô cansada de esperar
que você me carregue

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